Dudu nunca foi exatamente um jogador de perfil discreto. Ídolo do Palmeiras e agora reforço do Atlético-MG, o atacante também tem no currículo uma série de episódios turbulentos que marcaram sua trajetória dentro dos gramados — e fora deles. De briga com Leila Pereira a críticas abertas a técnicos, além de declarações polêmicas sobre gramado sintético, o ex-camisa 7, agora 92, costuma render manchetes mesmo quando não está dentro das quatro linhas.
A seguir, o R7 relembra sete das maiores polêmicas da carreira de Dudu, que voltou aos holofotes ao trocar o Cruzeiro pelo maior rival, o Atlético-MG.
Em 2015, Dudu se envolveu em um dos momentos mais tensos da carreira ao empurrar o árbitro Guilherme Ceretta de Lima durante a final do Campeonato Paulista, contra o Santos. O episódio resultou em uma suspensão de seis partidas na época e, anos depois, em uma condenação na Justiça comum.
Em 2016, o jogador foi sentenciado a pagar R$ 25 mil ao ex-árbitro por danos morais. A atitude explosiva marcou o início de uma série de comportamentos polêmicos que o jogador exibiria ao longo da carreira.
Dudu também foi manchete fora dos gramados ao ser acusado de agressão pela ex-mulher em 2020. O caso gerou grande repercussão e chegou a afetar a imagem pública do jogador, que saiu por empréstimo ao Al-Duhail, do Catar, para se afastar das acusações.
Após meses de investigação, o atacante foi inocentado pela Justiça, e celebrou a decisão nas redes sociais com a frase: “A verdade prevaleceu”. Ainda assim, o episódio permanece como um dos mais delicados de sua trajetória.
Em uma publicação no Instagram, Dudu xingou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, com um famoso “VTNC”. O stories viralizou, e Leila foi à Justiça para processar o atleta, cobrando R$ 500 mil por danos morais.
O jogador alegou má interpretação e acusa a dirigente de assédio moral. Para amenizar a situação, seus advogados tentaram argumentar que a sigla significava “Vim Trabalhar no Cruzeiro”. A justificativa, que virou meme entre torcedores, não convenceu muita gente.
Durante o curto período em que ficou no banco do Cruzeiro, Dudu não escondeu o incômodo com o técnico Leonardo Jardim. Segundo relatos, o atacante chegou a pedir a demissão do treinador ao dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço. No entanto, o gestor ficou do lado de Jardim, e Dudu foi afastado dos treinos e não foi mais relacionado para as partidas.
Mesmo com a idolatria no Palmeiras, Dudu não poupou críticas ao técnico Abel Ferreira após perder espaço no time. Ao ser apresentado no Cruzeiro, ele mandou uma indireta clara ao português.
“Estava treinando, estava bem fisicamente. Aí os motivos de não me utilizar, depois ele responde”, disse, visivelmente incomodado por não jogar mais antes da saída.
Dudu já foi um dos principais críticos da grama sintética no Brasil, especialmente do Allianz Parque. Em entrevistas, chegou a dizer que o piso artificial prejudicava o rendimento dos atletas e aumentava o risco de lesões.
Mas ao assinar com o Atlético-MG, que também joga em grama artificial, o discurso mudou. “Hoje vejo que o campo sintético não interfere tanto”, disse em tom mais ameno.
Após toda polêmica com Leonardo Jardim, Dudu e Cruzeiro costuraram um acordo para sacramentar a saída do jogador. O atacante receberá, de forma parcelada, cerca de R$ 15 milhões, quantia que equivale aos salários que teria direito até o fim de 2025.
No entanto, o que pegou todos de surpresa foi o destino escolhido por Dudu após a saída conturbada do Cabuloso: o Atlético-MG, maior rival da Raposa.
Além da troca, Dudu ainda utilizará a camisa 92 no Galo, número que faz alusão ao histórico 9 a 2 aplicado pelo Atlético-MG sobre o Cruzeiro (na época Palestra Itália), em 1927, ocasião festejada até hoje por torcedores atleticanos.